terça-feira, 17 de junho de 2008

Império do Efêmero

"Chamfort, no século XVIII, deu-nos a célebre definição da sociedade, que se compõe de duas classes, dizia ele, uma que tem mais apetites que jantares, outra que tem mais jantares que apetites" -
Machado de Assis.

Questiono: "Até que ponto o verbo saciar é conjugado na sua vida?"

Independente de tempo, modo ou pessoa, o ato ou efeito de empaturrar a consciência julga-se um novo vício que poucos podem propor aos vossos egos.


Questiono: "Qual é a sua necessidade?"


Era uma vez um homem que vivia na Raridade. Depois de muitas aventuras e de longa viagem através da Ciência Econômica, encontrou a Sociedade da Abundância. Casaram-se e tiveram muitas Necessidades.


Não tô abordando tal tema pra bancar "a socióloga" salvadora dos chavões mais lógicos, mas sinto que assim como fui (antes de me curar dessa doença social que é o consumismo) que outras pessoas também possam refletir a partir do que é alienado no próprio corpo.


Olhar para o lado, é fundamental! Sempre há alguém que está a pedir ajuda, e não é o manequim da loja dizendo: "compre batom!"


Qual é o real tamanho das nossas pegadas de destruição? E quanto estamos dispostos a fazer para mudar determinada realidade que configura nosso próprio conformismo? Será que o tempo não nos ensinou as verdadeiras relevâncias?


Acredito que o ciclo de renovação espiritual deste planeta está muito próximo, e que nós, não mais precisaremos sentir dor para nos auto-avaliarmos e pôr em nossas balanças até que ponto é aceitável viver uma determinada pseudo-realidade...


Vejo, além do consumismo material, o consumismo impróprio para espíritos imperfeitos.

Atitudes carregadas de muita frustração e pouco sonho. Muita empolgação, e pouca moralidade. Muita inteligência, e pouco respeito.


Meu desejo é que um dia eu possa vivenciar a bela experiência de poder dividir um espaço com mais pessoas que amem umas as outras e que sobretudo estendam-lhe vossas mãos.


Fiquem em Paz!

2 comentários:

Renato disse...

Excelente Post! A questão do consumismo vejo que em muitas pessoas esta ligada a ostentação, tipo quero demonstrar o quanto tenho poder perante a sociedade. Vivemos um momento de ausência de valores éticos, morais e sociais. Estamos presenciando o aumento considerável de pessoas que necessitam de ajuda, porém a sociedade ignora essa camada popular que infelizmente não teve oportunidades na vida ou talvez foram penalizadas por erros do passado.
A honestidade é uma qualidade fácil de ser abalada quando envolve cifras, não existe uma pessoa meio ético, quem usa esse artifício nunca ouviu falar de código de ética.
É muito bom ler textos com tanta qualidade e sabedoria nas palavras, tomara que tenham mais em breve.

Abração do amigão!

Unknown disse...

que Jah nos cure, amém!
=P

adoorei !!