sexta-feira, 20 de junho de 2008

Canalhas tu

Deixo-te enfim sobre a cama
Ansiando por qualquer movimento meu.
Deixo-te talvez as desculpas
Por um perdão em um futuro próximo.
Aguardo-te as verdades que vem à tona na tortura de tua consciência
E trato-te com desdém
Almejando livrar-me de teus olhos.
Mato-te friamente em todos os pensamentos perdidos.
Enxugo-me ao púbis que já não lhe deseja mais.
Jogo a aliança ao mar, cai uma lágrima tímida
E volta a tua imagem,
Promíscua e infame sobre a cama,
Ao deleite do prazer diabólico que não era mais só meu.
Esqueci de dizer-te,
Calaste minha garganta
Como mãos sedentas a me enforcar.
Brilho tenro e desesperado
Alcançou o ponto que restava.
Ponto G, desejo-te
Ponto e vírgula, caio num abismo
Exclamação, grito e agrido
Ponto final, descubro que nada sou.

2 comentários:

Pedro Henrique Felitte Valentim disse...

Simplesmente MARAVILHOSO.
te amo!

Pitanga disse...

Ótimo...mas acaba em pizza???

Beijos Doces,
Pitanga