domingo, 21 de dezembro de 2008

Mal Secreto

Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;

Se se pudesse o espírito que chora
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!

Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!

Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja a ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!

Raimundo Corrêa

3 comentários:

Jana disse...

Querida, obrigada pelo coment, acho que no fim a vida de todos nós são mais ou menos parecidas, recheadas de canalas ou indecisos (meu caso no momento)... rs

Linda poesia!
beijo

Anônimo disse...

Guardamos no riso a máscara do choro. E no choro, às vezes, a máscara do riso.
Verdadeiríssimo.


Beijocas
www.lizziepohlmann.com

Isli Pereira disse...

Carol, td bem qnt tempo .. estou morrendo de saudades.... pre ciso falar com vc só q nao estou te achando no orkut... ok bjaum...


Isli Pereira